13 de fevereiro de 2020

VIVER EM PLENITUDE



Se a vida te vem da alma,
Tu poderás tocar a alma de outra pessoa.
Lê as suas palavras,
Admira a sua mente,
Escuta a sua música.
E a tua própria alma expandir-se-á.

5 de abril de 2019



O TEMPO SEM TEMPO DE AMAR

Faz frio no canto das lágrimas
Na boca sem palavras
Escorre a luz da solidão tremente
Há esperança de Deus quando se está ausente
Quando era menina segui uma estrela do mar
Levei-a comigo para me iluminar
Descobri que as estrelas nunca se podem apagar
As estrelas são…
Pedaços de luz…
 Não sabem a força que tem um coração de poeta
Uma sentinela está sempre alerta
Já bebi a vida num cálice de maré-cheia
Já escutei o cantar da sereia
Já comi o pão que o diabo amassou
Quero orar numa capela pequenina
Soltar uma pomba no virar de uma esquina
Cobri-me de pétalas de flores
Na planície semeei amores
Plantei uma roseira na beira da estrada
Sorri no gesto singelo da nobreza
Vi escorrer a lava vermelha dum vulcão
Junto do mar tão belo e profundo
Perdi-me do sonho, mas ganhei o mundo
Quis no meu coração plantar
Uma estrela brilhante no tempo de AMAR

Nina

2 de dezembro de 2018

GUITARRA PORTUGUÊSA



Guitarra Portuguesa

Eu vi em teu olhar doce criança
O brilho de uma vela iluminada
Eu vi o sol nascer cheio de esperança
Queimando a minha alma enfeitiçada

Eu vi como sorrias deslumbrante
Nas letras dum poema vi tristeza
Senti meu coração tão palpitante
Na rede desse amor me sinto preza

A noite me cobriu com o seu manto
Levando a solidão e a minha dor
No meu peito ficou o amargo pranto
E sofro por não ter o teu amor

Agora quando sinto a tua ausência
Sou alma repleta de tristeza
Então vou procurar um outro amor
Ao som duma guitarra portuguesa.

Nina

10 de setembro de 2018

HÁ QUANTO TEMPO


O tempo passa
E eu envelheço
Mas do teu rosto
Jamais me esqueço.

A noite chega
E a escuridão
E já cansado
Bate lento meu coração.

Tanto carinho
Fica para dar
Pois só Deus sabe
Até quando vou cá estar.

Morrem as flores
Do meu jardim
Já me esqueceste
E não te lembras mais de mim.

Nina

11 de março de 2018

REVOLUÇÃO DE PALAVRAS



a solidão da noite
Verticalmente sombria
A despedaçada boa vontade de amar sem amor
Ao balanço da dor
O tempo certo do incerto momento
Uma palavra que se engole amarga
No cerne imperceptível duma paixão
Porque estando em êxtase o homem infeliz
Na chama das palavras tudo pode explodir
Num cais de esperas também se podem partir
A sorrir ou chorar indolente
O sol sorri na praia
De encontra o vento a onda desmaia
Se alguém reclama em sussurro
No vazio da voz que esbarra no muro
Uma criança que chora não pensa
Por tudo isso envolve uma crença
Sinto nos poros da dor a saudade
Não espero sentimentos de liberdade
Voarei no voo da uma gaivota
Devorando os ventos dessa rota
Risco o mundo com lápis de carvão
Deixo a esperança morrer no coração
No meu desespero não vi a escuridão
De pés descalços vagueio pelo chão
Suporto a esta mágoa desfeita
E na clareira uma flor se deleita
Nos raios de sol onde o amor se deita
Neste labirinto de palavras composto de silabas 
Estou sufocada de tanto alarido
Agarro o cansaço que vive comigo
Rasguei o caderno deitei fora o lápis
Levanto as amarras e sigo viagem
Para escrever mais falta-me a coragem
Nesta miscelânea de palavras loucas
Calaram-se as vozes fecharam-se as bocas
Perdi a razão da minha memória
Já não quero mais acabou-se a história.

nina