31 de março de 2023
13 de fevereiro de 2020
5 de abril de 2019
O
TEMPO SEM TEMPO DE AMAR
Faz
frio no canto das lágrimas
Na
boca sem palavras
Escorre
a luz da solidão tremente
Há
esperança de Deus quando se está ausente
Quando
era menina segui uma estrela do mar
Levei-a
comigo para me iluminar
Descobri
que as estrelas nunca se podem apagar
As
estrelas são…
Pedaços
de luz…
Não sabem a força que tem um coração de poeta
Uma
sentinela está sempre alerta
Já
bebi a vida num cálice de maré-cheia
Já
escutei o cantar da sereia
Já
comi o pão que o diabo amassou
Quero
orar numa capela pequenina
Soltar
uma pomba no virar de uma esquina
Cobri-me
de pétalas de flores
Na
planície semeei amores
Plantei
uma roseira na beira da estrada
Sorri
no gesto singelo da nobreza
Vi
escorrer a lava vermelha dum vulcão
Junto
do mar tão belo e profundo
Perdi-me
do sonho, mas ganhei o mundo
Quis
no meu coração plantar
Uma
estrela brilhante no tempo de AMAR
Nina
2 de dezembro de 2018
GUITARRA PORTUGUÊSA
Guitarra Portuguesa
Eu vi em teu olhar doce criança
O brilho de uma vela iluminada
Eu vi o sol nascer cheio de esperança
Queimando a minha alma enfeitiçada
Eu vi como sorrias deslumbrante
Nas letras dum poema vi tristeza
Senti meu coração tão palpitante
Na rede desse amor me sinto preza
A noite me cobriu com o seu manto
Levando a solidão e a minha dor
No meu peito ficou o amargo pranto
E sofro por não ter o teu amor
Agora quando sinto a tua ausência
Sou alma repleta de tristeza
Então vou procurar um outro amor
Ao som duma guitarra portuguesa.
Nina
10 de setembro de 2018
11 de março de 2018
REVOLUÇÃO DE PALAVRAS
a solidão da noite
Verticalmente sombria
A despedaçada boa vontade de amar sem amor
Ao balanço da dor
O tempo certo do incerto momento
Uma palavra que se engole amarga
No cerne imperceptível duma paixão
Porque estando em êxtase o homem infeliz
Na chama das palavras tudo pode explodir
Num cais de esperas também se podem partir
A sorrir ou chorar indolente
O sol sorri na praia
De encontra o vento a onda desmaia
Se alguém reclama em sussurro
No vazio da voz que esbarra no muro
Uma criança que chora não pensa
Por tudo isso envolve uma crença
Sinto nos poros da dor a saudade
Não espero sentimentos de liberdade
Voarei no voo da uma gaivota
Devorando os ventos dessa rota
Risco o mundo com lápis de carvão
Deixo a esperança morrer no coração
No meu desespero não vi a escuridão
De pés descalços vagueio pelo chão
Suporto a esta mágoa desfeita
E na clareira uma flor se deleita
Nos raios de sol onde o amor se deita
Neste labirinto de palavras composto de silabas
Estou sufocada de tanto alarido
Agarro o cansaço que vive comigo
Rasguei o caderno deitei fora o lápis
Levanto as amarras e sigo viagem
Para escrever mais falta-me a coragem
Nesta miscelânea de palavras loucas
Calaram-se as vozes fecharam-se as bocas
Perdi a razão da minha memória
Já não quero mais acabou-se a história.
nina
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