5 de abril de 2019



O TEMPO SEM TEMPO DE AMAR

Faz frio no canto das lágrimas
Na boca sem palavras
Escorre a luz da solidão tremente
Há esperança de Deus quando se está ausente
Quando era menina segui uma estrela do mar
Levei-a comigo para me iluminar
Descobri que as estrelas nunca se podem apagar
As estrelas são…
Pedaços de luz…
 Não sabem a força que tem um coração de poeta
Uma sentinela está sempre alerta
Já bebi a vida num cálice de maré-cheia
Já escutei o cantar da sereia
Já comi o pão que o diabo amassou
Quero orar numa capela pequenina
Soltar uma pomba no virar de uma esquina
Cobri-me de pétalas de flores
Na planície semeei amores
Plantei uma roseira na beira da estrada
Sorri no gesto singelo da nobreza
Vi escorrer a lava vermelha dum vulcão
Junto do mar tão belo e profundo
Perdi-me do sonho, mas ganhei o mundo
Quis no meu coração plantar
Uma estrela brilhante no tempo de AMAR

Nina