Chegaste na calada da
noite, trazias a mágoa da longa viagem.
Mesmo sabendo que nada
do que deixaste para trás ias encontrar.
Ficou apenas o vazio
das paredes, agora despidas das fotos que antes lhe davam alegria.
Parti com a esperança
de um dia te encontrar, mas apenas encontrei
um velho livro
amarelecido pelo tempo.
Tempo em que esteve
fechado no baú das nossas memórias.
Pela face te escorriam
lentas duas lágrimas as mesmas que trazias
quando vieste ao
mundo…mundo que tudo o que te deu assim te tirou
porque nunca soubeste
agarrar com as mãos… mãos que trazias sempre fechadas
onde nada entrou e nada
saiu.
Estou longe porque não
me podes ver, mas tão perto que te sigo
para todo o lado de
mãos dadas ou na sombra!
Será esta a carta que
nunca leste a mesma que um dia te escrevi.
3 comentários:
"Sombras que Falam", só o título, já é sugestivo e o poema em si , é lindo! Parabéns amiga. Para ti um beijinho grande da tua amiga...Miuíka
Tão triste, profundo e sentido.
Um grito da alma.
Beijinhos
Maria
Querida Nina
Que bela carta!Mas, ao mesmo tempo, triste, embora essa tristeza seja muito bem poeticamente expressa.
Parabéns, amiga.
Um beijinho
Beatriz
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