O
TEMPO SEM TEMPO DE AMAR
Faz
frio no canto das lágrimas
Na
boca sem palavras
Escorre
a luz da solidão tremente
Há
esperança de Deus quando se está ausente
Quando
era menina segui uma estrela do mar
Levei-a
comigo para me iluminar
Descobri
que as estrelas nunca se podem apagar
As
estrelas são…
Pedaços
de luz…
Não sabem a força que tem um coração de poeta
Uma
sentinela está sempre alerta
Já
bebi a vida num cálice de maré-cheia
Já
escutei o cantar da sereia
Já
comi o pão que o diabo amassou
Quero
orar numa capela pequenina
Soltar
uma pomba no virar de uma esquina
Cobri-me
de pétalas de flores
Na
planície semeei amores
Plantei
uma roseira na beira da estrada
Sorri
no gesto singelo da nobreza
Vi
escorrer a lava vermelha dum vulcão
Junto
do mar tão belo e profundo
Perdi-me
do sonho, mas ganhei o mundo
Quis
no meu coração plantar
Uma
estrela brilhante no tempo de AMAR
Nina